Instalando o Gabedit

     O Gabedit [1] é um programa gratuito, que possui interface gráfica que possibilita a realização de inúmeras tarefas, que vão da construção de moléculas em 3D dimensões até a submissão de cálculos em diversos programas como:  Gamess, Gaussian, Molcas, Molpro, Mopac, MPQC, Orca, NWChem, FireFly, Q-Chem, Psicode. Os cálculos submetidos pela interface do Gabedit podem ser rodados na própria maquina em que ele esta instalado ou em uma maquina remota.


Figura 1. Interface do Gabedit.

     Em qualquer laboratório de química computacional, o programa Gabedit esta presente pois ele é o melhor programa gratuito que envolvem química computacional, pois além de gerar inputs específicos para os programas listados, submeter cálculos na própria interface, entre tantos usos, ele gera imagens para variados fins, e estas que se adequam a resolução exigida por diversas revista científicas [2].

Figura 2. Visualização de um cluster de uma MOF contendo 148 átomos otimizada com o programa MOPAC2012 (Nº de deposição: 730465) [3].

     Bem a instalação é um processo bastante simples:

1º - Conectado na internet, abra o terminal;

2º - Digite o seguinte comando:
      $ sudo apt-get install gabedit

3º - Será pedido sua senha, digite e espere o processo acabar.

     O Gabedit esta pronto para ser utilizado. Para abrir o programa, digite no terminal:

$ gabedit

    Após digitar, tecle "Enter" e esta pronto para uso. Bom trabalho.




Referencias

[1] A. B, Allouche., Journal of Computational Chemistry. 32 (2011) 174.
[2] N. M. Rodrigues.; E.S. Machado.; N.B. da Costa Jr.; R. O. Freire., Scientia Plena. 9 (2013) 077217-1
[3] D. Deng.; P. Liu.; W. Fu.; L. Li.; F. Yang.; B. Ji., Inorganica Chimica Acta., 363 (2010) 891

Instalando o Jmol

     O Jmol é um programa gratuito construido em JAVA, ele possibilita o desenho e visualização de moléculas em 3 dimensões, nele podemos gerar imagens em boa resolução.


 Figura 1. interface do Jmol com uma molécula de propan-1-ol.

     Para o funcionamento do Jmol, é preciso que seu Linux tenha o JAVA já instalado, o Linux Mint 15 ja vem com o JAVA instalado.
     Para que o Jmol seja instalado, é necessário que você esteja conectado a internet (se você esta lendo isso é por que já esta conectado). Para dar inicio a instalação digite a seguinte linha de comando no terminal:

$ sudo apt-get install jmol

     Aguarde o processo terminar e pronto, o Jmol já esta funcionando.


Instalando o programa ORCA 2.9.1 (32 bits)

     Este tutorial foi feito e testa no Linux Mint 15, onde o ORCA teve perfeita performance.
     Inicialmente é necessário a instalação do OPENMPI 1.4.5. que pode ser encontrado no endereço: http://coewww.rutgers.edu/www1/linuxclass2012/lessons/HPC_1/openmp_ins.php, encontramos o openmpi-1.4.5.tar.gz e o configure.sh, é necessário baixar os dois.
     Em seguida dê os seguintes comandos na pasta onde os dois arquivos estão:

$ tar -zxvf openmpi-1.4.5.tar.gz
$ cp configure.sh openmpi-1.4.5
$ cd openmpi-1.4.5
$ chmod 755 configure.sh
$ apt-get install g++ libc6-dev
$ ./configure.sh
$ make
$ make install

     Não se preocupe, este processo demora muito mesmo.
     Na sequencia adcione as seguintes linhas no arquivo .bashrc contido em USER para rodar o MPI (se não existir o arquivo .bashrc crie um).

$ cd
$ vi .bashrc

e adicione:

export PATH=/usr/local/openmpi/bin:$PATH
export LD_LIBRARY_PATH=/usr/local/openmpi/lib:$LD_LIBRARY_PATH

Salve as modificações do arquivo.

     Com a biblioteca OPENMPI instalada, podemos dar início a instalação do ORCA. Supomos que você ja tenha baixado o programa ORCA para 32bits.
     De preferência crie uma pasta em HOME com o nome PROGRAM, nela cole o arquivo orca_2_9_1_linux_i686.tbz. Na sequencia extraia os arquivos.

$ tar xf orca_2_9_1_linux_i686.tbz

     Feito isso, abra novamente o arquivo .bashrc e digites a seguinte linha nele:

alias orca='home/program/orca_2_9_1_linux_i686/orca'

     Salve o arquivo (contem o lugar onde você colou o seu orca) e dê o seguinte comando:

$ source .bashrc

    Feito isso o programa ORCA 2.9.1 (32 bits) esta pronto para ser utilizado.


Otimização de geometria com o MOPAC



        O MOPAC é um programa de química computacional pago, que fornece licença para acadêmicos, nele encontramos e utilizar diversos métodos semiempíricos como: AM1 (Austin Model 1) [1], PM3 (Paramétric Model 3) [2], PM6 (Parametric Model 6) [3] e RM1 (Recife Model 1) [4] entre outros.  
A versão mais recente é o MOPAC2012, e nele podemos entre muitas tarefas, realizar o cálculo da geometria de equilíbrio, que é dita a de menor energia [5].
Entrando no endereço: http://www.openmopac.net/, podemos fazer o download do programa, bem como solicitar uma licença para acadêmicos. Em posse do programa e da licença temos que seguir os seguintes passos:
             1º - Vá em, C:\Program Files e crie uma pasta chamada Mopac;
             2º - Na pasta Mopac cole o executável e a licença do progama;
             3º - Jogue a licença dentro do executável, após isso irá aparecer algumas perguntas, então confirme elas com “Yes” e tecle Enter;
             4º - Crie um atalho do executável para a área de trabalho.
                Pronto, você pode começar a utilizar o MOPAC2012. Na página openmopac.net, você encontra o manual com toda teoria envolvida e o modo de manejar o programa.
               
                Como um primeiro exemplo vamos realizar um cálculo bem simples, que é o da otimização de geometria para a água. Para isso, temos que construir um arquivo de entrada contendo as palavras chave (comandos) e a geometria da molécula, que pode ser em XYZ, matriz-Z ou coordenadas esféricas.
Neste exemplo iremos trazer a geometria em matriz-Z no padrão MOPAC (.zmt), construída no post: Construindo uma Matriz-Z padrão MOPAC, a diferença é que iremos agora por as palavras chaves que servem como comando para o MOPAC2012. Neste exemplo utilizaremos:

RM1: utiliza o método semiempírico Recife Model 1 na cálculo;
PRECISE: Precisão do cálculo aumenta em 100 vezes;
AUX: gera um arquivo que contem a geometria em cada passo;
GNORM=0.01: Gradiente de normalização igual a 0.01, o cálculo termina quando o gradiente for menor que 0.01.

O nosso arquivo (input) deve conter na primeira linha as palavras chaves, a segunda e a terceira devem ficar em branco ou se preferir pode por algum comentário como fizemos abaixo, nosso arquivo fica então:

Figura 1. Input em matriz-Z para o MOPAC.

Salve o arquivo com extensão .mop no TextPad ou bloco de notas, Ex: H2O.mop. Para dar inicio ao cálculo jogue o arquivo H2O.mop encima do atalho do MOPAC2012 que colocamos na área de trabalho.
Terminado o cálculo encontraremos na pasta onde foi salvo o arquivo H2O.mop e os arquivos:
H2O.arc: Possui algumas propriedades química, dimensão e a geometria otimizada;
H2O.aux: possui um arquivo que contem a geometria em cada passo;
H2O.out: possui todos os dados contidos no H2O.arc e mais outros dados como por exemplo o valor de gradiente em cada passo.

Abaixo encontramos o arquivo de saída (output) nomeado como H2O.arc.
  
Figura 2. Arquivo de saida (output) H2O.arc.

Como podemos ver o arquivo H2O.arc possui vários dados importantes, que foram obtidos em apenas 0,047 segundos de cálculo em um laptop com processador Intel Celeron Duo Core de 1.8 GHz.
Para uma molécula tão pequena poderíamos utilizar métodos mais precisos como o DFT [6], mais se nossa estrutura tivesse 500 átomos ou mais, o método semiempírico é o mais recomendado.




[1] M. J. S. Dewar.; Zoebish, E.G.; Healy, E.F.; J. J. P. Stewart., J. Am. Chem. Soc. 107 (1985) 3902.
[2] J. J. P. Stewart., J. Comp. Chem. 10 (1989) 209.
[3] J. J. P. Stewart., J. Mol. Model. 13 (2007) 1173.

[4] G. B. Rocha.; R. O. Freire.; A. M. Simas., Stewart, J.J.P. J Comp. Chem. 27 (2006) 1101.
[5] www.penmopac.net.
[6] E. K. U. Gross.; W. Kohn., Physical Review Letters. 55 (1985) 2850.

Construindo uma Matriz-Z padrão MOPAC



O MOPAC é um programa de química computacional pago, que fornece licença para acadêmicos, é grandemente utilizado pela comunidade científica para a realização de inúmeros cálculos [1], pois nele encontramos diversos métodos semiempíricos como: AM1 (Austin Model 1) [2], PM3 (Paramétric Model 3) [3], PM6 (Parametric Model 6) [4] e RM1 (Recife Model 1) [5] entre outros.  
O arquivo de entrada contendo as palavras chave (comandos) e a geometria da molécula, que pode ser em XYZ, matriz-Z ou coordenadas esféricas.
Neste exemplo iremos construir a geometria da água (H2O) e da água oxigenada (H2O2) em matriz-Z no padrão MOPAC (.zmt), para ser utilizada em cálculo utilizando o programa MOPAC [6].
Recomenda-se a utilização de bloco de notas ou do programa TextPad. No MOPAC a 1º linha é reservada para as palavras chaves que são como comandos no programa, a 2º e 3º  linhas poder ficar em branco, já na 4º linha iniciamos a construção da matriz-Z.
Inicialmente iremos construir o arquivo contendo a geometria para a água. Na 4º linha digite um o símbolo do oxigênio “O”, dê 5 espaços (recomendável) e na seqüência iremos digitar a distancia de ligação, como o oxigênio é o átomo designado pelo numero 1, ele será a origem e terá zero (0000.0000) em todas as coordenadas, na sequencia  coloque apenas 1 espaço e digite 0 ou 1, se você digitar 0 o programa irá deixar a coordenada fixa, se você por 1 o seu cálculo poderá mudar a coordenada aos passos da otimização, como se trata da origem você pode deixar em 0 que não trará diferença alguma.
O segundo valor é o de ângulo de ligação, que será novamente 0000.000 e deixaremos fixo pondo 0, como já explicado anteriormente.
O terceiro valor diz respeito ao ângulo de diedro, que é 0000.000, pois para se ter um diedro é necessário ao menos 4 átomos e no nosso caso temos por enquanto apenas 1. Coloque 0 ou 1 após esse valor, pode usar 0 pois não trará dano ao cálculo.
Ao final deste vc deve acrecentar 3 digitos separados por 1 espaço cada 1, o primeiro diz respeito a que átomo o valor da distancia digitada anteriormente tem relação, como visto todos os valores colocados foram 0000.0000 por ser a origem, então os três dígitos finais serão 0 por fazer relação ao próprio oxigênio ou átomo 1 (origem), ficando a linha assim:

Os 3 últimos dígitos tem a seguinte referencia:
1º: numero do átomo que ele está ligado;
2º: numero do átomo que ele faz ângulo (diferente do que ele esta ligado);
3º: numero do átomo mais distante do ângulo de diedro.
O próximo passo é adicionar o hidrogênio, o nosso input ficara assim:



Se observarmos, a diferença verá o símbolo do hidrogênio H e o valor referente a distancia de ligação que agora é 0000.9500 (escolhido aproximadamente) que é a distancia do hidrogênio ao átomo de oxigênio (átomo 1, origem), por este fato iremos por o numero 1 (numero do átomo de Oxigênio) no digito que faz referencia ao numero do átomo que que o hidrogênio esta ligado.
Colocando o ultimo átomo de hidrogênio  no input, temos:


 Nele alem da distancia de ligação é a mesma e também esta ligado ao átomo 1 (oxigênio), mais temos agora o valor de ângulo de ligação pois temos 3 atomos (3 pontos), para o ângulo de ligação coloque 0109.4700 (valor próximo) e ponha o numero 2 no digito que faz referencia ao numero do átomo que ele faz ângulo (diferente do que ele esta ligado), neste caso o outro hidrogênio que é o nosso átomo numero 2.
Na próxima linha coloque o digito 0 (zero) para que o programa reconheça o final do arquivo. Feito isto esta pronta a sua matriz-Z, que servirá para ser utilizada no MOPAC ou você pode visualizá-la no programa Hyperchem (por exemplo).
A matriz-Z para a água oxigenada tem o seguinte formato sugerido:


Observe que as coordenadas que tem valor 0000.0000 foram deixadas fixas, o átomo 3 é um oxigênio e seu valor de distancia em relação ao oxigênio (átomo 1) foi de 0001.4799. O hidrogênio (átomo 4) esta ligado ao átomo 3 (oxigênio) em ângulo com o átomo 1 e diedro com os átomos 3, 1, e 2 por isso o ultimo digito recebe o valor 2.
Repita o processo passo a passo todo o processo para uma melhor aprendizagem, sugestões e correções são bem vindas.





 REFERENCIAS:

[1] N. M. Rodrigues.; E.S. Machado.; N.B. da Costa Jr.; R. O. Freire., Scientia Plena. 9 (2013) 077217-1
[2] M. J. S. Dewar.; Zoebish, E.G.; Healy, E.F.; J. J. P. Stewart., J. Am. Chem. Soc. 107 (1985) 3902.
[3] J. J. P. Stewart., J. Comp. Chem. 10 (1989) 209.
[4] J. J. P. Stewart., J. Mol. Model. 13 (2007) 1173.
[5] G. B. Rocha.; R. O. Freire.; A. M. Simas., Stewart, J.J.P. J Comp. Chem. 2006, 27, 1101-1111.
[6] www.openmopac.net

Notas Musicais

     As notas musicais são sons organizados numa sequencia continua, elas variam de acordo com a mudança de frequência do qual o instrumento pode transmitir. As notas conhecidas como básica são: DÓ, RÉ, MÍ, FÁ, SOL, LÁ e SÍ.
     Esta sequencia de notas, pode ser escrita de forma simplificada, para o bom entendimento e construção do que chamamos de cifras, as quais atribuem letras do alfabeto de “A” a ” “G”, como podemos comprovar no atributo abaixo, as respectivas notas e sua nomenclatura simplificada.
LÁ = A
SÍ = B
DÓ = C
RÉ = D
MÍ = E
FÁ = F
SOL = G
     A familiarização com esta nomenclatura é de grande importância para que possamos ler e executar musicas cifradas com facilidade, no decorrer do tempo você verá como é fácil assimilar esta nomenclatura, que é de muita importância em nosso estudo.