Instalando o Gabedit

     O Gabedit [1] é um programa gratuito, que possui interface gráfica que possibilita a realização de inúmeras tarefas, que vão da construção de moléculas em 3D dimensões até a submissão de cálculos em diversos programas como:  Gamess, Gaussian, Molcas, Molpro, Mopac, MPQC, Orca, NWChem, FireFly, Q-Chem, Psicode. Os cálculos submetidos pela interface do Gabedit podem ser rodados na própria maquina em que ele esta instalado ou em uma maquina remota.


Figura 1. Interface do Gabedit.

     Em qualquer laboratório de química computacional, o programa Gabedit esta presente pois ele é o melhor programa gratuito que envolvem química computacional, pois além de gerar inputs específicos para os programas listados, submeter cálculos na própria interface, entre tantos usos, ele gera imagens para variados fins, e estas que se adequam a resolução exigida por diversas revista científicas [2].

Figura 2. Visualização de um cluster de uma MOF contendo 148 átomos otimizada com o programa MOPAC2012 (Nº de deposição: 730465) [3].

     Bem a instalação é um processo bastante simples:

1º - Conectado na internet, abra o terminal;

2º - Digite o seguinte comando:
      $ sudo apt-get install gabedit

3º - Será pedido sua senha, digite e espere o processo acabar.

     O Gabedit esta pronto para ser utilizado. Para abrir o programa, digite no terminal:

$ gabedit

    Após digitar, tecle "Enter" e esta pronto para uso. Bom trabalho.




Referencias

[1] A. B, Allouche., Journal of Computational Chemistry. 32 (2011) 174.
[2] N. M. Rodrigues.; E.S. Machado.; N.B. da Costa Jr.; R. O. Freire., Scientia Plena. 9 (2013) 077217-1
[3] D. Deng.; P. Liu.; W. Fu.; L. Li.; F. Yang.; B. Ji., Inorganica Chimica Acta., 363 (2010) 891

Instalando o Jmol

     O Jmol é um programa gratuito construido em JAVA, ele possibilita o desenho e visualização de moléculas em 3 dimensões, nele podemos gerar imagens em boa resolução.


 Figura 1. interface do Jmol com uma molécula de propan-1-ol.

     Para o funcionamento do Jmol, é preciso que seu Linux tenha o JAVA já instalado, o Linux Mint 15 ja vem com o JAVA instalado.
     Para que o Jmol seja instalado, é necessário que você esteja conectado a internet (se você esta lendo isso é por que já esta conectado). Para dar inicio a instalação digite a seguinte linha de comando no terminal:

$ sudo apt-get install jmol

     Aguarde o processo terminar e pronto, o Jmol já esta funcionando.


Instalando o programa ORCA 2.9.1 (32 bits)

     Este tutorial foi feito e testa no Linux Mint 15, onde o ORCA teve perfeita performance.
     Inicialmente é necessário a instalação do OPENMPI 1.4.5. que pode ser encontrado no endereço: http://coewww.rutgers.edu/www1/linuxclass2012/lessons/HPC_1/openmp_ins.php, encontramos o openmpi-1.4.5.tar.gz e o configure.sh, é necessário baixar os dois.
     Em seguida dê os seguintes comandos na pasta onde os dois arquivos estão:

$ tar -zxvf openmpi-1.4.5.tar.gz
$ cp configure.sh openmpi-1.4.5
$ cd openmpi-1.4.5
$ chmod 755 configure.sh
$ apt-get install g++ libc6-dev
$ ./configure.sh
$ make
$ make install

     Não se preocupe, este processo demora muito mesmo.
     Na sequencia adcione as seguintes linhas no arquivo .bashrc contido em USER para rodar o MPI (se não existir o arquivo .bashrc crie um).

$ cd
$ vi .bashrc

e adicione:

export PATH=/usr/local/openmpi/bin:$PATH
export LD_LIBRARY_PATH=/usr/local/openmpi/lib:$LD_LIBRARY_PATH

Salve as modificações do arquivo.

     Com a biblioteca OPENMPI instalada, podemos dar início a instalação do ORCA. Supomos que você ja tenha baixado o programa ORCA para 32bits.
     De preferência crie uma pasta em HOME com o nome PROGRAM, nela cole o arquivo orca_2_9_1_linux_i686.tbz. Na sequencia extraia os arquivos.

$ tar xf orca_2_9_1_linux_i686.tbz

     Feito isso, abra novamente o arquivo .bashrc e digites a seguinte linha nele:

alias orca='home/program/orca_2_9_1_linux_i686/orca'

     Salve o arquivo (contem o lugar onde você colou o seu orca) e dê o seguinte comando:

$ source .bashrc

    Feito isso o programa ORCA 2.9.1 (32 bits) esta pronto para ser utilizado.


Otimização de geometria com o MOPAC



        O MOPAC é um programa de química computacional pago, que fornece licença para acadêmicos, nele encontramos e utilizar diversos métodos semiempíricos como: AM1 (Austin Model 1) [1], PM3 (Paramétric Model 3) [2], PM6 (Parametric Model 6) [3] e RM1 (Recife Model 1) [4] entre outros.  
A versão mais recente é o MOPAC2012, e nele podemos entre muitas tarefas, realizar o cálculo da geometria de equilíbrio, que é dita a de menor energia [5].
Entrando no endereço: http://www.openmopac.net/, podemos fazer o download do programa, bem como solicitar uma licença para acadêmicos. Em posse do programa e da licença temos que seguir os seguintes passos:
             1º - Vá em, C:\Program Files e crie uma pasta chamada Mopac;
             2º - Na pasta Mopac cole o executável e a licença do progama;
             3º - Jogue a licença dentro do executável, após isso irá aparecer algumas perguntas, então confirme elas com “Yes” e tecle Enter;
             4º - Crie um atalho do executável para a área de trabalho.
                Pronto, você pode começar a utilizar o MOPAC2012. Na página openmopac.net, você encontra o manual com toda teoria envolvida e o modo de manejar o programa.
               
                Como um primeiro exemplo vamos realizar um cálculo bem simples, que é o da otimização de geometria para a água. Para isso, temos que construir um arquivo de entrada contendo as palavras chave (comandos) e a geometria da molécula, que pode ser em XYZ, matriz-Z ou coordenadas esféricas.
Neste exemplo iremos trazer a geometria em matriz-Z no padrão MOPAC (.zmt), construída no post: Construindo uma Matriz-Z padrão MOPAC, a diferença é que iremos agora por as palavras chaves que servem como comando para o MOPAC2012. Neste exemplo utilizaremos:

RM1: utiliza o método semiempírico Recife Model 1 na cálculo;
PRECISE: Precisão do cálculo aumenta em 100 vezes;
AUX: gera um arquivo que contem a geometria em cada passo;
GNORM=0.01: Gradiente de normalização igual a 0.01, o cálculo termina quando o gradiente for menor que 0.01.

O nosso arquivo (input) deve conter na primeira linha as palavras chaves, a segunda e a terceira devem ficar em branco ou se preferir pode por algum comentário como fizemos abaixo, nosso arquivo fica então:

Figura 1. Input em matriz-Z para o MOPAC.

Salve o arquivo com extensão .mop no TextPad ou bloco de notas, Ex: H2O.mop. Para dar inicio ao cálculo jogue o arquivo H2O.mop encima do atalho do MOPAC2012 que colocamos na área de trabalho.
Terminado o cálculo encontraremos na pasta onde foi salvo o arquivo H2O.mop e os arquivos:
H2O.arc: Possui algumas propriedades química, dimensão e a geometria otimizada;
H2O.aux: possui um arquivo que contem a geometria em cada passo;
H2O.out: possui todos os dados contidos no H2O.arc e mais outros dados como por exemplo o valor de gradiente em cada passo.

Abaixo encontramos o arquivo de saída (output) nomeado como H2O.arc.
  
Figura 2. Arquivo de saida (output) H2O.arc.

Como podemos ver o arquivo H2O.arc possui vários dados importantes, que foram obtidos em apenas 0,047 segundos de cálculo em um laptop com processador Intel Celeron Duo Core de 1.8 GHz.
Para uma molécula tão pequena poderíamos utilizar métodos mais precisos como o DFT [6], mais se nossa estrutura tivesse 500 átomos ou mais, o método semiempírico é o mais recomendado.




[1] M. J. S. Dewar.; Zoebish, E.G.; Healy, E.F.; J. J. P. Stewart., J. Am. Chem. Soc. 107 (1985) 3902.
[2] J. J. P. Stewart., J. Comp. Chem. 10 (1989) 209.
[3] J. J. P. Stewart., J. Mol. Model. 13 (2007) 1173.

[4] G. B. Rocha.; R. O. Freire.; A. M. Simas., Stewart, J.J.P. J Comp. Chem. 27 (2006) 1101.
[5] www.penmopac.net.
[6] E. K. U. Gross.; W. Kohn., Physical Review Letters. 55 (1985) 2850.

Construindo uma Matriz-Z padrão MOPAC



O MOPAC é um programa de química computacional pago, que fornece licença para acadêmicos, é grandemente utilizado pela comunidade científica para a realização de inúmeros cálculos [1], pois nele encontramos diversos métodos semiempíricos como: AM1 (Austin Model 1) [2], PM3 (Paramétric Model 3) [3], PM6 (Parametric Model 6) [4] e RM1 (Recife Model 1) [5] entre outros.  
O arquivo de entrada contendo as palavras chave (comandos) e a geometria da molécula, que pode ser em XYZ, matriz-Z ou coordenadas esféricas.
Neste exemplo iremos construir a geometria da água (H2O) e da água oxigenada (H2O2) em matriz-Z no padrão MOPAC (.zmt), para ser utilizada em cálculo utilizando o programa MOPAC [6].
Recomenda-se a utilização de bloco de notas ou do programa TextPad. No MOPAC a 1º linha é reservada para as palavras chaves que são como comandos no programa, a 2º e 3º  linhas poder ficar em branco, já na 4º linha iniciamos a construção da matriz-Z.
Inicialmente iremos construir o arquivo contendo a geometria para a água. Na 4º linha digite um o símbolo do oxigênio “O”, dê 5 espaços (recomendável) e na seqüência iremos digitar a distancia de ligação, como o oxigênio é o átomo designado pelo numero 1, ele será a origem e terá zero (0000.0000) em todas as coordenadas, na sequencia  coloque apenas 1 espaço e digite 0 ou 1, se você digitar 0 o programa irá deixar a coordenada fixa, se você por 1 o seu cálculo poderá mudar a coordenada aos passos da otimização, como se trata da origem você pode deixar em 0 que não trará diferença alguma.
O segundo valor é o de ângulo de ligação, que será novamente 0000.000 e deixaremos fixo pondo 0, como já explicado anteriormente.
O terceiro valor diz respeito ao ângulo de diedro, que é 0000.000, pois para se ter um diedro é necessário ao menos 4 átomos e no nosso caso temos por enquanto apenas 1. Coloque 0 ou 1 após esse valor, pode usar 0 pois não trará dano ao cálculo.
Ao final deste vc deve acrecentar 3 digitos separados por 1 espaço cada 1, o primeiro diz respeito a que átomo o valor da distancia digitada anteriormente tem relação, como visto todos os valores colocados foram 0000.0000 por ser a origem, então os três dígitos finais serão 0 por fazer relação ao próprio oxigênio ou átomo 1 (origem), ficando a linha assim:

Os 3 últimos dígitos tem a seguinte referencia:
1º: numero do átomo que ele está ligado;
2º: numero do átomo que ele faz ângulo (diferente do que ele esta ligado);
3º: numero do átomo mais distante do ângulo de diedro.
O próximo passo é adicionar o hidrogênio, o nosso input ficara assim:



Se observarmos, a diferença verá o símbolo do hidrogênio H e o valor referente a distancia de ligação que agora é 0000.9500 (escolhido aproximadamente) que é a distancia do hidrogênio ao átomo de oxigênio (átomo 1, origem), por este fato iremos por o numero 1 (numero do átomo de Oxigênio) no digito que faz referencia ao numero do átomo que que o hidrogênio esta ligado.
Colocando o ultimo átomo de hidrogênio  no input, temos:


 Nele alem da distancia de ligação é a mesma e também esta ligado ao átomo 1 (oxigênio), mais temos agora o valor de ângulo de ligação pois temos 3 atomos (3 pontos), para o ângulo de ligação coloque 0109.4700 (valor próximo) e ponha o numero 2 no digito que faz referencia ao numero do átomo que ele faz ângulo (diferente do que ele esta ligado), neste caso o outro hidrogênio que é o nosso átomo numero 2.
Na próxima linha coloque o digito 0 (zero) para que o programa reconheça o final do arquivo. Feito isto esta pronta a sua matriz-Z, que servirá para ser utilizada no MOPAC ou você pode visualizá-la no programa Hyperchem (por exemplo).
A matriz-Z para a água oxigenada tem o seguinte formato sugerido:


Observe que as coordenadas que tem valor 0000.0000 foram deixadas fixas, o átomo 3 é um oxigênio e seu valor de distancia em relação ao oxigênio (átomo 1) foi de 0001.4799. O hidrogênio (átomo 4) esta ligado ao átomo 3 (oxigênio) em ângulo com o átomo 1 e diedro com os átomos 3, 1, e 2 por isso o ultimo digito recebe o valor 2.
Repita o processo passo a passo todo o processo para uma melhor aprendizagem, sugestões e correções são bem vindas.





 REFERENCIAS:

[1] N. M. Rodrigues.; E.S. Machado.; N.B. da Costa Jr.; R. O. Freire., Scientia Plena. 9 (2013) 077217-1
[2] M. J. S. Dewar.; Zoebish, E.G.; Healy, E.F.; J. J. P. Stewart., J. Am. Chem. Soc. 107 (1985) 3902.
[3] J. J. P. Stewart., J. Comp. Chem. 10 (1989) 209.
[4] J. J. P. Stewart., J. Mol. Model. 13 (2007) 1173.
[5] G. B. Rocha.; R. O. Freire.; A. M. Simas., Stewart, J.J.P. J Comp. Chem. 2006, 27, 1101-1111.
[6] www.openmopac.net

Notas Musicais

     As notas musicais são sons organizados numa sequencia continua, elas variam de acordo com a mudança de frequência do qual o instrumento pode transmitir. As notas conhecidas como básica são: DÓ, RÉ, MÍ, FÁ, SOL, LÁ e SÍ.
     Esta sequencia de notas, pode ser escrita de forma simplificada, para o bom entendimento e construção do que chamamos de cifras, as quais atribuem letras do alfabeto de “A” a ” “G”, como podemos comprovar no atributo abaixo, as respectivas notas e sua nomenclatura simplificada.
LÁ = A
SÍ = B
DÓ = C
RÉ = D
MÍ = E
FÁ = F
SOL = G
     A familiarização com esta nomenclatura é de grande importância para que possamos ler e executar musicas cifradas com facilidade, no decorrer do tempo você verá como é fácil assimilar esta nomenclatura, que é de muita importância em nosso estudo.


Descobertas astronômicas de Galileu Galilei


Figura 1. Galileu Galilei

     Galileu como todos os grande gênios de nossa história, possuía uma grande atração pela investigação científica, pelo puro prazer de tentar solucionar problemas e explicar fenômenos que ocorrem a todo tempo.
     A luneta que era utilizada a exemplo na navegação, e que consistia em um tubo com uma lente em cada ponta, era capaz de aumentar em algumas vezes a imagem, sendo possível observar navios que estavam a longa distancia com mais detalhes.
     Galileu ao se interessar pelo assunto e pelo artefato, aprendeu a técnica de polir lentes e assim construiu o sua luneta, e com aprimoramentos ao longo do tempo ele conseguiu um aumento de 30 vezes, o que representava um grande avanço, na época.
     O mérito dele não foi o de polir lentes e construir lunetas, e nem de não utilizar o seu telescópio para observar navios ou olhar a sua vizinhança, o seu mérito e grande feito na astronomia, foi o de em maio de 1609 apontar pela primeira vez uma luneta para observar o céu.
     Ao apontar a sua luneta para o céu, ou melhor, ao apontar o seu telescópio (já que a função era astronômica) para o céu, Galileu conseguiu ver o que ninguém na humanidade já mais tinha conseguido ver, e ficou deslumbrado com vários aspectos desconhecidos. Por um bom tempo Galileu realizou enumeras descobertas como:
Figura 2. Crateras da Lua.

  • Ao mirar o seu telescópio para a espinha dorsal da noite (Via láctea) descobriu uma maior infinidade de estrelas do que aquelas observadas a olho nu. Mirando atenção para o cinturão de orion "o caçador" e para as plêiades (na constelação de Touro), observou mais 80 e 30 novas estrelas respectivamente. 
Figura 3. Cinturão de Orion e abaixo a sua nebulosa.
  • Ao olhar para Vênus, observou um disco sem feições características, ela evidentemente seria coberta com um denso gás que o escurecia, e que esta possuía fases semelhantes a da nossa Lua;
Figura 4. Fase crescente de Vênus.

  • Com observações minuciosas descobriu que saturno possuía um especie de cinturão ao seu redor, que pareciam projeções simétricas presas a saturno, o que ele chamou frustradamente de orelhas. Após anos, Christiaan Huygens veio a dar um parecer mais preciso sobre a descoberta de Galileu.
Figura 5. Planeta Saturno.

  • Em 1610, ele percebeu a existência de quatro objetos parecidos com estrelas próximas ao planeta Júpiter, e que elas as posições delas eram variáveis. Logo Galileu concluiu que essas estrelas estavam girando ao redor de Júpiter e passou a calcular suas órbitas e posições precisamente. Ele tinha descoberto as quatro grande luas de Júpiter (satélites Galileanos).
Figura 6. Satélites Galileanos. Da esquerda para a direita: Io, Europa, Ganimedes e Calisto.
  • Ao observar a superfície solar, ele observou que a mesma possui manchas escuras. Galileu especula que tais manchas se encontram na superfície do Sol, e cujo movimento é intrinsecamente ligado à rotação do astro. As manchas assumiam formas irregulares dia após dia.
Figura 7. Manchas Solares.

  • Afirmação de que a terra gira em torno do sol: Galileo ao observar Vênus notou que ela possuía como a Lua, de um tênue crescente a um disco cheio, pelo fato de algumas vezes estamos olhando principalmente para o lado noturno de Vênus, e outras para o lado diurno. Esta observação reforçou, incidentalmente, a ideia de que a Terra gira em torno do Sol e não vice-versa. No entanto ele foi forçado pela inquisição a negar sua afirmação de que o Copérnico estaria certo, que o sol seria o centro do nosso sistema.


     Na sua época o modelo geocêntrico o qual tinha a terra como o centro do sistema solar prevalecia sustentada pela força da igreja ancorada em trechos da bíblia, e a afirmação do sistema com sol no centro era contra o dito nas escrituras, então, quem afirmasse algo contrário as escrituras era acusado de heresia. 
   

Palavras Chaves: Galileu Galilei, Descobertas astronômicas, Telescópio de Galileu.




Referências:
Carl Sagan., COSMOS. 1980
http://www.cdcc.usp.br (Centro de Divulgação da Astronomia)
http://historiadafisicauc.blogspot.com.br

Eletroímã

     Como sabemos, na natureza existem materiais que possuem propriedades magnéticas, como exemplo temos o minério magnetita, que e encontrado por extração mineral. Mais também, podemos construir um ímã artificial com algumas materiais de fácil acesso.
     Neste artigo iremos construir um eletroímã, que nada mais é que um dispositivo que converte energia elétrica em energia magnética. Abaixo temos a lista de materiais necessários para a construção deste equipamento, e que são de fácil obtenção, iremos precisar de:

  • Fios de cobre;
  • 2 pilhas de 1.5 volts ou outra fonte de corrente continua;
  • 1 prego;
  • Fita adesiva;
  • 2 Palitos de churrasco;
  • Super cola ou cola branca;

     -Primeiro passo: Enrole o fio ao redor do prego, de forma que forme uma bulbina como mostrado na figura 1, em seguida coloque uma gota de super cola ou cola branca nas posições 1 e 2 e deixe secar. 
OBS, recomenda-se  o uso de um fio com cerca de 50 cm, eu utilizei um com cerca de 50 cm que retirado de um cabo de rede para computadores. Mais você pode utilizar fio comum.

Figura 1. Bulbina do Eletroímã.

    Feito isso, temos que somente energizar o circuito composto pela bulbina, sendo assim, iremos ao segundo passo, que é a construção de um suporte simples para as pilhas que iram fornecer energia para que o nosso eletroímã funcione.

     -  Segundo passo: Iniciando a construção do suporte, é necessário que sejam cortados 2 palitos de churrasco com um tamanho de 12 cm, e 3 pedaços com apenas 2 cm, você deve colar os palitos como na figura 2. Este será o nosso suporte utilizado.
Figura 2. Supor simples para as pilhas.

     - Terceiro passo: Coloque 2 pilhas encima do suporte e passe fita adesiva para fixa-las no suporte (ver figura 3).
Figura 3. Pilhas sobre a base.

     A após isso pegue 2 fios e ligue 1 fio em cada estremo da Bulbina de nosso eletroímã, e isole com a fita adesiva. (Figura 4)

Figura 4. Ligando a bulbina.

     Em seguida  ligue um dos fios da bulbina na extremidade negativa do conjunto de pilha, e o outro fio fica fazendo a função de interruptor (liga-desliga) do circuito (ver figura 4).

Figura 5. Ligando fios a pilha.
   
     Feito isso o nosso eletroímã já estará energizado e pronto para você testa-lo. Pegue um objeto de metal como exemplo em prego pequeno e quando energizar o circuito ponha a bulbina próximo que o prego pequeno será atraído imediatamente. Veja a figura 6.

Figura 6. Eletroímã em funcionamento.

    De forma simples e com materiais de fácil acesso, foi possível a construção de nosso eletroímã. Não tenha medo de ligar o eletroímã e levar choque, isso não ocorre pois estamos trabalhando com uma tensão de 3V, que é baixa, então não corremos perigo. Agora  é divertir-se com o dispositivo feito por você.



Palavras Chaves: Eletroímã, Pilha, Ímã.


Matéria e energia

Energia elétrica ou descarga elétrica (Raio)

     Um dos conceitos fundamentais que é abordado na construção do conhecimentos em química, são os de matéria e energia, mais como primeiro passo temos que ter uma definição breve de o que é a química.

     Química: é a ciência que estuda as propriedades características das substancias da natureza, dos elementos que as constituem e suas reações.

     Bem, sabemos agora um pouco do que é estudado em química, que são justamente as propriedades das substancias e suas reações. O processo de reação química envolve a perda ou o ganho que energia, e o que seria energia?

     Energia: é a propriedade que possibilita a capacidade de modificar a matéria e realizar trabalho.

    Entre as formas de energia que são encontradas podemos destacar a:

  • Elétrica;
  • Química;
  • Eólica;
  • Mecânica;
  • Nuclear;
  • Magnética;
  • Luminosa.

     Seguindo o famoso postulado da química: "Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Observa-se que esta lei se aplica a energia, pois ela não é criada nem perdida, ela será transformada em outra forma. Exemplos.

  • Hidrelétrica: ela transforma a energia proveniente da força do movimento de queda d'água (energia mecânica) em energia elétrica;
Hidrelétrica

  • Eólica: transforma a força do vento (Mecânica) em energia elétrica;
Parque eólico

  • Fotossíntese: Fenômeno que transforma a energia proveniente dos raios solares (luminosa) em energia química para a sobrevivência da planta, e também em reserva de energia da planta, que em seguida pode ser utilizado por exemplo por nós seres humanos na nossa alimentação que irá utilizar essa energia química nos processos da vida.
Esquema simplificado da fotossíntese.



     Sendo assim, a energia age diretamente na matéria podendo transformando-a ou simplesmente causa a perturbação em um sistema. e o que seria matéria?

     Matéria é tudo que possui massa e ocupa um lugar no espaço.

     Massa é a medida referente a quantidade de matéria de um corpo.

     Vimos o conceito de matéria e que massa é uma medida realizada, que é referente a quantidades de matéria, outra medida é a do volume que é a grandeza que mede o espaço ocupado por esta porção de matéria.
      Sendo assim, conhecendo a massa e o volume podemos calcular uma propriedade intrínseca dos materiais que é a densidade.

     Densidade é a relação entre a massa e o volume e pode ser calculado utilizando a formula: 

d = m/V
Onde:
  • d = densidade
  • m = a massa 
  • V = o volume
     Segundo a história que muitos afirma até ser uma lenda, um rei chamado Hierão, desconfiado que a sua coroa teria sido feito com menos ouro do que o combinado, ou seja que quem confeccionou a sua coroa teria colocado uma grande quantidade de material menos nobre na liga do ouro do que o combinado e teria roubado a porção de ouro que foi substituída pelo metal menos nobre. Então foi dado a Arquimedes de Siracusa (Grécia) o desafio de descobrir se realmente o rei teria sido roubado ou não, mais como resolver isso?

Coroa de um rei

     Contasse que quando Arquimedes entrou na sua banheira para tomar banho, observou que  o volume de água se elevou, então ele saiu correndo super feliz e a história relata relatam que ele teria saído nu gritando pelas ruas "eureka, eureka" (que significa descobri). Ele tinha deduzido naquele momento que se ele colocasse a coroa em um recipiente com água de modo que fica-se totalmente submersa, o volume de água deslocado seria exatamente o volume da coroa, então ele comparou o deslocamento de volume para um bloco de ouro de mesma massa que a coroa e o deslocamento para a coroa e descobriu que a coroa deslocava mais água então.
     Se a coroa deslocou mais água que a barra de ouro então isso indicou que na coroa existia metal com densidade mais baixa que o ouro, então o veredito foi em favor do rei que realmente teria sido engando.
Arquimedes correndo e gritando o famoso "eureka"
Arquimedes de Siracusa
   




Referências:

[1] - Atkins e Jones. Princípios de Química. 5ª Edição - 2012
[2] - Lembo. Química, realidade e contexto. 1ª Edição - 2002

Tabela Periódica




Histórico:
   
     Mendeleiev propôs em meados do século XIX, uma forma de organizar os elementos seguindo uma ordem crescente de seus pesos atômicos, agrupando-os diante a suas propriedades semelhantes, uns debaixo dos outros, isto é, de forma periódica.

Estrutura da tabela periódica:

     Ela é organizada em períodos e famílias

     *Períodos: na tabela periódica as linhas horizontais são denominadas de períodos, existindo um total de 7 períodos;

     *Famílias ou Grupos: as famílias são representadas pelas colunas (linhas verticais). Há no total 18 familias que se dividem em grupo A que varia de 1 a 2 e 13 a 18, e o grupo B que varia de 3 a 12.


- Denominação das famílias pertencentes ao grupo A:

1A - Metais alcalinos
2A - Metais alcalinos-terrosos
3A - Família do Boro
4A - Família do Carbono
5A - Família do Nitrogênio
6A - Calcogênios
7A - Halogênios
8A - Gases Nobres

- Denominação das famílias pertencentes ao grupo B:
De 3 (4º e 5º período) a 12 - Metais de transição interna
De 3 (apartir do 6º periodo) - Metais de transição interna /Lantanídeos e Actinídeos/

Classificação dos elementos


  • Metais;
  • Ametais;
  • Semi-metais;
  • Gases nobres.
*Metais - São os elementos mais abundantes da tabela periódica, geralmente se encontram no estado sólido a temperatura ambiente, exceto o Hg (Mercúrio) que se encontra no estado líquido.

* Ametais - Existem somente 10 elementos não-metais, que podem ser encontrados nos 3 estados da matéria em temperatura ambiente; são maus condutores de color e de eletricidades.

* Semi-metais - Apresentam propriedades "intermediárias". São em número de 7, sendo sólidos na temperatura ambiente.

* Gases nobres - Apresentam uma grande estabilidade. Como o próprio nome diz, se apresenta como uma gás a temperatura ambiente.

Propriedades da tabela periódica.


  • Raio Atomico: Referente ao tamanho do atomo
OBS:. As setas indicam a direção onde á aumento.

  • Energia de Ionização:



  • Afinidade Eletrônica:


  • Eletropositividade:


     A distribuição ordenadas dos átomos em forma de uma tabela com propriedades periódicas, representou um grande avanço na possibilidades de organização e entendimento de como os átomos se comportam. Atualmente utilizada em todos os cursos de química, ela é sem duvida uma ferramenta indispensável para o estudo da química.